Em manifestação encaminhada ao STF, a Procuradoria-Geral da República defendeu hoje (25) o arquivamento de sete apurações preliminares contra Jair Bolsonaro, apresentadas pela CPI da Covid no ano passado.
As petições, assinadas pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, também isentam o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que é suspeito de pressionar o governo a liberar a vacina Covaxin, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Segundo a número dois de Augusto Aras, as convicções do relator da CPI, Renan Calheiros, tiveram caráter "eminente político" e foram baseadas em elementos probatórios "frágeis". Ainda segundo Lindôra, a CPI não demonstrou, nos pedidos de indiciamento, a relação direta entre o desrespeito às medidas sanitárias por parte do presidente da República e o número de contaminações durante a pandemia de Covid.
“Inúmeras pessoas contaminadas nem sequer tiveram contato direto ou indireto (por meio e terceiras pessoas) com o Presidente da República, afastando a possibilidade de responsabilização por esse fato", disse a vice-PGR.
"Quanto às aglomerações, o acúmulo de pessoas não pode ser atribuído exclusiva e pessoalmente ao Presidente da República. Todos compareceram aos eventos noticiados, muito embora tivessem conhecimento suficiente acerca da epidemia de Covid-19", afirmou Lindôra.
Quanto às reiteradas recomendações para o uso de hidroxicloroquina, remédio sem eficácia contra a doença, a vice-procuradora afirma que Bolsonaro e demais comparsas não podem ser acusados de charlatanismo porque acreditavam genuinamente na eficiência do medicamento e que o uso da hidroxicloroquina por doentes de Covid ainda estava em estudos.
Pois é.
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